O projeto Anagama é uma iniciativa da ONG Contato que se destina a formação artística para jovens e moradores da região de Brumadinho, visando ações de inclusão e sustentabilidade, tendo a cultura como mecanismo de transformação social.
O projeto conta com apoio de associações, entidades e coletivos de artistas e ativistas sociais na cidade de Brumadinho e nos distritos de Casa Branca, Suzana e Piedade de Paraopeba.
Serão ofertadas oficinas de formação e capacitação artística em diversos segmentos, além da criação de núcleos comunitários de ceramistas visando a geração de renda para as populações atingidas pela tragédia nestas localidades.
Este é um projeto aprovado pelo Comitê Gestor do Dano Moral Coletivo e com recursos de indenização social pelo rompimento da Barragem de Brumadinho, em 25/01/2019, que ceifou 272 vidas.
O Comitê Gestor é formado pela AVABRUM – Associação dos familiares de vítimas e atingidos pelo rompimento da Barragem da Mina Córrego do Feijão, Defensoria Pública da União, Ministério Público do Trabalho de Minas Gerais e Tribunal Regional do Trabalho – 3a. Região em Minas Gerais.
Oficinas em Brumadinho
Oficina Ritmo e Movimento
Através da música, do ritmo e do movimento, a oficina vai trabalhar a coordenação motora, a atenção, o raciocínio e a memória, estimulando a criatividade, o equilíbrio, percepção espacial, postura corporal, consciência vocal e respiratória.
Oficinas em Piedade do Paraopeba
Oficina de Construçãode Forno à lenha
Criação de um forno à lenha feito com tijolo e barro para queima de cerâmica em baixa temperatura. Nele, serão queimadas as panelas de barro feitas na Oficina de Panelas, pratos e copos de Barro, de Jéssica Martins. O participante aprenderá a construir e a realizar as queimas no forno.
OficinaUtensílios de barro
A Oficina de Utensílios de Barro tem por objetivo criar em cerâmicas panelas, pratos e copos usando técnicas tradicionais de modelagem em argila e queima das cerâmicas em forno à lenha. Nesta oficina, os participantes aprenderão a preparar a argila de forma adequada para que as panelas possam ser usadas depois no cozimento de alimentos.
Oficina de Criaçãode moldes em gesso
Oficina que propõe o ensino e criação de moldes em gesso para reprodução de peças em argila que serão transformadas em cerâmica, esmaltadas e queimadas em alta temperatura. Os participantes atuarão nos processos de criação dos moldes, reprodução de peças e aplicação dos esmaltes.
LABORATÓRIO/OFICINA argilas + minerais + pigmentos presentes no contexto TERRITORIAL de BRUMADINHO/SERRA da MOEDA
O laboratório/oficina argilas + minerais + pigmentos presentes no contexto TERRITORIAL de BRUMADINHO/SERRA da MOEDA pretende, investigar e sistematizar uma pesquisa que revele e desdobre, para nós habitantes atuais e para as gerações que virão depois, outros modos de conhecimento, produção social e econômica de riquezas a partir da diversidade deste solo tão especial. Para este propósito investigativo, além da coleta de amostras, da seleção e identificação deste material, da experimentação, catalogação e documentação da qualidade e dos possíveis usos desta variedade de pigmentos naturais minerais, esta pesquisa pretende conhecer e trocar saberes com as diferentes comunidades que historicamente se encontram instaladas neste território desde o princípio da exploração mineral nestas terras.
Oficinas em Suzana
Laboratório de Cerâmica - Módulo 1
O Laboratório/oficina de cerâmica oferece cursos na área de formação de processos cerâmicos e artes para professores das escolas públicas, mestres, artistas, artesãos e interessados das comunidades atendidas. Além disso, o Laboratório capacita os participantes para atuarem ativamente nos processos de queima realizados tanto no Forno Catenário a lenha no Galpão das Artes da Casa Comunitária de Suzana, quanto no forno a gás no Ateliê Xakra 88.
Além de visar o aprendizado de conceitos e práticas artísticas, o Laboratório/oficina promoverá ações que visam capacitar os participantes para atuar como ceramistas-artistas e para que eles se tornem multiplicadores do conhecimento apreendido.
Oficina Pão artesanal:farinha, água e sal
A oficina acontece em dois dias consecutivos, com duração de 4h cada dia.
Os participantes aprenderão a fazer o fermento natural, a massa mãe, a partir de farinha de trigo e água. Faremos receitas variadas a partir de uma fórmula básica usando ingredientes simples e todos colocarão a mão na massa.
No segundo dia, iremos assar os pães e cada um poderá levar para casa o próprio pão, a isca de fermento natural e estará apto a fazer em casa um pão saudável e econômico, gerando autonomia e nutrição.

Descrição Módulo 1
Nesse primeiro módulo os participantes serão introduzidos nos conhecimentos básicos sobre as argilas e suas propriedades além das técnicas básicas do uso do torno de cerâmica e em técnicas da modelagem manual de objetos cerâmicos em geral além de aprender sobre o uso do engobe para decoração das peças.
Oficina Usus fructus -Comida de quintal
Aborda a cultura culinária a partir do potencial dos quintais, áreas cultivadas e da natureza específica da região do Vale da Serra da Moeda. Começando pela identificação e coleta de plantas comestíveis sazonais, locais, espontâneas e cultivadas, iremos criar e degustar pratos preparados coletivamente com base na troca de saberes dos participantes.
O trabalho tira partido de saberes comunitários e busca imaginar possibilidades outras para produzir alimentos que guardem em si a potência nutritiva da terra em que se desenvolveram.
Como ação final deste processo, será realizado um banquete público, quando serão compartilhados sabores que guardam traços da identidade alimentar das comunidades trabalhadas.
Oficina Praça do pãoe da quitanda
Ação de construção coletiva de um forno de barro popular para assar pão e outras quitandas. A oficina acontece em dois finais de semana consecutivos, iniciando com a montagem da base e construção da cúpula e acabamento. Na semana seguinte, cura do forno e inauguração com o preparo de quitandas e distribuição na comunidade. Com a condução de um mestre convidado, a ação resguarda o saber do campo, instalando um espaço para uso da comunidade, possibilitando momentos de integração transitória gerados pelo ato de compartilhar a dádiva do alimento. Valores comunitários, generosidade e intercâmbio aspiram a produzir uma transformação social por meio da arte.

